Panorama da Casa do Baile
Através do uso dos programas Photoshop e Stitcher, criei, conforme solicitado, o panorama da Casa do Baile mostrado acima. Sua composição tem por base três grandes partes: a lagoa, o piso e o texto. Adiante, explicarei "o porquê" de cada escolha.
A LAGOA
Optei por este ângulo, pois consegui, desta forma, representar as coisas que mais me chamaram a atenção. Uma delas foi a incrível vista do local. Assim que parei para observar o horizonte e, desta forma, o outro lado da lagoa, inúmeras idéias surgiram em minha cabeça, a começar por aproveitar as nuvens que espalhavam-se pelo céu. Pensando em relacionar nuvem com sonho e este com sua concretização, quis criar a conexão entre os sonhos de Niemeyer e a realização de suas obras, saindo da idealização para a ação. Ao colocar imagens de um texto do arquiteto, de sua foto e de um de seus croquis, quis retratar extamente estes "pensamentos" que corriam em sua mente.
Outro detalhe importante foi a presença da muretinha cheia de curvas irregulares que convidava todos que ali chegaram a sentar. Não podendo desperdiçar a "estampa" de seus azulejos, criei uma fusão entre a água da lagoa e a mureta, onde o observador ainda consegue sentir os traços de Niemeyer, mesmo numa imagem em que sua construção pouco aparece. Minha intenção foi a de trazer um pouco do ambiente em que estávamos e estendê-lo à imensidão da Lagoa da Pampulha, fazendo referência à infinidade dos trabalhos deste arquiteto.
O PISO
Nesta parte, enfatizei aquilo que parecia estar esquecido pela grande maioria que ali circulava. Eu poderia ter considerado o piso como comum e simplesmente investir mais em outras imagens, porém achei que a composição do ambiente como um todo não seria tão fascinante se, de repente, a escolha do piso fosse outra. Por isto, escolhi colocar o que estava sob nossos pés na mesma altura e importância das coisas que "topavam" constantemente com nossa visão. Além disso, o tom das cores, fortes e escuras, criaram um ótimo contraste com a claridade das outras partes.A escolha das lâmpadas, intervenção posterior ao ambiente, foi mais uma tentativa de adequar aquilo que não faz parte da obra de Niemeyer com seus conceitos. Sua disposição curvilínea na figura demonstra exatamente essa tentativa de transformar o que, na realidade, era uma curva simétrica que quebrava as intenções originais da obra, em mais uma das curvas independentes espalhadas pela construção. Procurando ironizar a escolha daquele que dispôs de tal tipo de iluminação, optei por explorar apenas duas destas lâmpadas, abrindo o espaço para o conflito entre a que está intacta e a quebrada. Ou seja, quis debater o fato de alguém poder modificar a arquitetura original do local sem danificá-la.
O TEXTO
Com a inserção deste recurso, quis integrar as imagens com o contexto histórico. Expondo um pouco das ambições de JK e sua relação com a ousadia de Oscar Niemeyer. Fugindo um pouco da constante presença de cores e diferentes figuras que compunham uma só imagem, abusei do uso da escrita em tons de cinza (banner encontrado na Igreja de São Francisco) para referir-me ao passado, ao que fez e faz parte da história. Quis, deste modo, situar o observador na época desta "revolução criativa" e mostrar a ele minhas idéias, meus pontos de vista e a beleza do local.COMENTÁRIOS FINAIS
Como um todo, uma imagem panorâmica integrada, procurei salientar os detalhes que mais me marcaram nesta visita. E para isso, fiz o uso de ferramentas de contraste e filtros ditos "artísticos" no Photoshop. Sobrepondo imagens e experimentando o uso de diferentes camadas, pude brincar com a profundidade de certos elementos e, assim, das mais impressão de "realidade" nesta minha imagem tão surreal.
3 Comentários:
Hum, ótimo,. Gostei do panorama também. =]
Conseguiu ter paciência de ler tudo?! hahaha
yumi, i need your email adress! to send you the resistence exercise, ok?
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