terça-feira, 29 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
SketchUp - Museu Oi Futuro
A parte com as bolinhas azuis refere-se ao espaço com varias luzes pequenas espalhadas simetricamente. Distribui as bolas deste modo, pois, a principio, quando observadas de frente, elas seguem uma formalidade simétrica; porem, ao manipularmos o objeto, as mesmas confundem-se no espaço, causando o mesmo efeito deste ambiente no museu, onde as luzes estão acesas e a visão do visitante fica "embaralhada".
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Visita ao Museu Oi Futuro
Na sexta-feira, dia 18/09, eu e mais cinco alunos visitamos o Museu Oi Futuro, no alto da Afonso Pena. Não achei que haveria um espaço interativo como este nos arredores, ainda mais de graça, com tanta tecnologia e criatividade! Foi uma ótima experiência!
(reflexos hipnoticamente fascinantes)
Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a caixa de espelhos da foto acima. A combinação entre as músicas que escutávamos, as imagens transmitidas na tela ao centro e seus reflexos era quase que hipnotizante!
Vale muito a pena dar uma passada por lá e conhecer o espaço, mesmo que ele seja relativamente pequeno em comparação a outros locais deste ramo... Além de podermos interagir com muitos dos objetos expostos, há muita informação sendo transmitida de um modo muito divertido a todos que lá visitam.
Objeto físico
Meu objeto físico, baseado nas idéias do livro "Lições de Arquitetura", de Herman Hertzberger, trabalha em torno de dois conceitos: o de público e privado e o de forma e função. A princípio, em sua forma "original", assemelha-se a um tijolo cinza clássico, notadamente presente no livro; porém, após uma análise maior, é possível manipular suas três partes heterogêneas de diferentes maneiras, quebrando as "limitações espaciais".
1. PÚBLICO E PRIVADO
Nas duas partes/seções mais externas, ou seja, nos blocos transparentes, quis debater a idéia de privacidade. O uso de acetato viu-se necessário para que referir-me à transparência na transição de ambientes, conforme citado na obra. No lado onde o fundo é a imagem do filme Psicose, há vários pedacinhos de jornal que impedem o público de acessar o privado, tropeçando com tal resistência. Quando aquele que está nos espaços internos permite a transição gradual do contato entre os ambientes, ou seja, quando o bloco é sacudido e os papéis picados caem, saindo da frente da imagem, há um maior contato entre os espaços. A escolha desta imagem deu-se por ela mostrar com clareza a reação espantosa daqueles que vêem sua intimidade invadida.
Já no outro bloco, o com fundo de céu, quis referir-me às galerias, locais fechados, teoricamente privados, que são abertos ao público. A idéia de pôr o espaço externo "aprisionado" na grade partiu da vontade de amplificar o ambiente interno. Extamente pelo acesso ser muito maior nestes locais, sua amplitude também é muito maior do que inúmeros outras construções. O que estava dentro agora está fora e o que estava fora está dentro.
A parte central é subdividida em dois. Cada novo bloco representa a acústica dos ambientes internos. Com o uso de arroz e madeira picada (rachi=palitinho japonês), desenvolvi dois sons diferentes que podem ser explorados pelo manipulador do objeto, incitando sua curiosidade.
2. FORMA E FUNÇÃO
Para enfatizar outro conceito muito interessante deste livro, desejei criar algo que pudesse mudar infinitamente de forma, sem prejudicar ou danificar a estrutura original e sem adquirir nenhuma função específica. Optei pelo velcro para proporcionar tal "flexibilidade" entre as peças, porque sua aderência é suficientemente boa e a gama de posições possíveis é enorme, já que estas não dependem de um encaixe perfeito. O padrão de sua estampa segue a linha xadrez, pois, como citado no livro, este é um jogo com um leque enorme de possibilidades. Desta forma, quis referir-me à diversidade de formas que meu objeto pode tomar.
MATERIAIS:
- folhas de acetato
- papel paraná
- arame preto
- arroz
- arroz japonês e rachi (palitinho de madeira)
- jornal
- velcro
- cola quente
- durex
domingo, 13 de setembro de 2009
Análise dos panoramas do grupo
LAURA CARVALHO
Seu panorama explora o uso das cores fortes, abusando do contraste para realçar a vida do ambiente. Procurando salientar aquilo que mais lhe chamou a atenção no local, utiliza vários efeitos de filtro e de intensidade de cor. Seu ponto de vista, sobre a muretinha de azulejos, consegue retratar a lagoa, a contrução e grande parte da vegetação proposta por Burle Marx. Uma Casa do Baile levada ao extremo da escala de cores, que mexe com a visão do espectador.
LUCIANA RATTES MÁXIMO DE CASTRO
Contrariando a abordagem majoritária sobre o primeiro trabalho de panoramas, sua imagem não é composta por apenas um ponto de vista, situando o fotógrafo apenas em uma posição. Ela é formada por fotos diversas de inúmeros itens pelos quais obteve interesse. Essa disposição, apesar de problemática na hora de compor o panorama no Stitcher, resulta numa imagem mais abstrata e surreal, mas que ainda mantém as impressões que a aluna teve ao conhecer o lugar. Desta forma, ela cria um "diálogo" entre os visitantes, onde cada um expôe seus pensamentos e pontos de vista, elaborando uma imagem única, também trabalhada em termos de filtro e contraste.
LUIZA MOURA RABELO COSTA
Sua idéia era transmitir ao espectador o modo como cada visitante enxerga a Casa do Baile, expondo os diversos pontos de vista. Fazendo o uso de um instrumento que sintetiza esta proposta de exploração da visão individual, os óculos, ela junta reflexos de imagens diversas que remetem ao ponto onde cada "modelo" concentrava-se. O resultado final, com a junção dessas fotos, cria uma imagem contínua de armações onde tais "borboletas" misturam-se com as palavras de Niemeyer e suas curvas. O uso de outro panorama ao fundo, completou o vazio que seria deixado se ficasse apenas o contorno dos óculos e expôs uma visão geral do ambiente, mais real.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Panorama da Casa do Baile
Através do uso dos programas Photoshop e Stitcher, criei, conforme solicitado, o panorama da Casa do Baile mostrado acima. Sua composição tem por base três grandes partes: a lagoa, o piso e o texto. Adiante, explicarei "o porquê" de cada escolha.
A LAGOA
Outro detalhe importante foi a presença da muretinha cheia de curvas irregulares que convidava todos que ali chegaram a sentar. Não podendo desperdiçar a "estampa" de seus azulejos, criei uma fusão entre a água da lagoa e a mureta, onde o observador ainda consegue sentir os traços de Niemeyer, mesmo numa imagem em que sua construção pouco aparece. Minha intenção foi a de trazer um pouco do ambiente em que estávamos e estendê-lo à imensidão da Lagoa da Pampulha, fazendo referência à infinidade dos trabalhos deste arquiteto.
A escolha das lâmpadas, intervenção posterior ao ambiente, foi mais uma tentativa de adequar aquilo que não faz parte da obra de Niemeyer com seus conceitos. Sua disposição curvilínea na figura demonstra exatamente essa tentativa de transformar o que, na realidade, era uma curva simétrica que quebrava as intenções originais da obra, em mais uma das curvas independentes espalhadas pela construção. Procurando ironizar a escolha daquele que dispôs de tal tipo de iluminação, optei por explorar apenas duas destas lâmpadas, abrindo o espaço para o conflito entre a que está intacta e a quebrada. Ou seja, quis debater o fato de alguém poder modificar a arquitetura original do local sem danificá-la.
COMENTÁRIOS FINAIS
Como um todo, uma imagem panorâmica integrada, procurei salientar os detalhes que mais me marcaram nesta visita. E para isso, fiz o uso de ferramentas de contraste e filtros ditos "artísticos" no Photoshop. Sobrepondo imagens e experimentando o uso de diferentes camadas, pude brincar com a profundidade de certos elementos e, assim, das mais impressão de "realidade" nesta minha imagem tão surreal.
Visita à Casa do Baile - Impressões
Suas curvas anti-simétricas, traço marcante do arquiteto, são uma das coisas que mais chamam a atenção do visitante, convidando-o a explorá-las ao caminhar pelo local. No caso da Casa do Baile, um detalhe que me atraiu assim que cheguei, foi o pequeno muro que compunha o ambiente com seus azulejos que caracterizam a construção. Isto sem contar com a brilhante localização, que permite a apreciação da vista da lagoa e que, acredito eu, somada ao aconchego criado pelas apresentações musicais e pelo serviço ali servido em sua época de funcionamento, acabava por agradar cada convidado que chegava. Desta forma, mesmo não gerando o sucesso esperado em relação à sua função original, esta construção é importantíssima para aqueles que desejam, de alguma forma, entender as ambições de Oscar Niemeyer.
Quanto à Igrejinha, não é preciso dizer muito para explicar como ela foi e ainda é "contraditória". Seu design audacioso ia contra todos os princípios religiosos da época, tanto no exterior como no interior e, por isso, causou inúmeros debates quanto a sua aceitação pelo clero e pela sociedade. O que mais me impressiona nela é exatamente esta irreverência quanto à forma, este conflito eterno entre "o que é certo e o que não é" de se fazer em uma igreja. O modo como Niemeyer ousou ao propor tal obra foi inegavelmente importante para que outros arquitetos também ousassem a imaginar e concretizar seus projetos mais impossíveis.
Como um todo, este dia foi, além de uma ótima integração entre nós, estudantes, um ótimo primeiro contato com um ambiente como "futuros arquitetos". Agora, olhando o mundo através uma nova perspectiva: com inúmeros pontos de fuga que remetem sempre à mesma linha do horizonte.